“Há, só desenhar num papel, leva só um dia ou até uma tarde, no dia seguinte já está pronto para construção...”

É muitos pensam que projetar seja uma casa ou até um complexo cultural, shopping ou uma Vila Olímpica não se trata, como se imagina, apenas de um "desenho", mas sim de uma gama de informações técnicas que deverão ser seguidas na execução. E não é rápido. E o principalmente não é tão caro.
Antes de mais nada, só o ARQUITETO é o único profissional que sabe o que é melhor para seu projeto, assim você não corre o risco de gastar desnecessariamente ou ter de morar/trabalhar num espaço sem estilo, pouco funcional ou até mesmo desconfortável, depois de tanto empenho e investimento. Lembre-se somente o arquiteto e Urbanista pode prever ou prevenir alguns problemas e evitar alguns erros que para um leigo certamente passarão despercebidos.
Certo, e o Engenheiro? Também posso contrata-lo para projetar minha casa? Essa será uma pergunta que deixarei em aberto, o que você caro leito acha? Deixe nos comentários! (Mais informações acessem o portal do CAU/BR, sobre esse assunto, clicando aqui).
Vamos ao passo a passo de como elaborar um projeto de arquitetura:
1. O trabalho do arquiteto pode e deve começar muito antes de se criar o projeto. Como bom perito, ele pode ajudar muito na escolha do terreno. Não despreze estes conselhos e vale pagar por eles. Basta acertar o valor da consultoria e nem é preciso firmar contrato para isso.
2. Escute com atenção as hipóteses levantadas pelo profissional. O solo é firme? O relevo facilita a construção? Bem localizado? Como está orientado em relação ao sol, chuva e vento? A área é ideal para o projeto que você deseja.
Sol? Chuva? Vento? Que isso tem haver? Simples de responder, TUDO. Imagine numa situação em que sua casa é voltado para o nascente porém os quartos estão a oeste, onde tem maior incidência do sol das 14hs até umas 17hs dependendo da região. Quem vai querer ficar? Estará muito abafado e entrando sol direto. Ou em outra situação onde o banheiro fica pro lado leste, fazendo com que a ventilação entre e percorre pela casa o mal cheiro... pois é. Tem que levar em considerações muitas coisas;

A correta orientação solar dos ambientes em função das atividades desempenhadas e a permeabilidade da edificação ao vento para melhorar a sensação de conforto são fatores que já devem estar presentes nos primeiros esboços de uma proposta arquitetônica.
3. Chegou o momento de falar das necessidades e dos hábitos dos futuros habitantes/usuários. Será um pequeno Briefing (entrevista realizado entre profissional e cliente, para que possa elaborar um programa de necessidades
4. Chegou a melhor parte, a parte que todo arquiteto expõem todas as ideias para o papel, mais não pense que é um desenho bem feito e tal, são rabiscos por cima de rabiscos. Conhecido por croqui.
Aqui inicia um processo demorado ou talvez nem tanto, depois de levantar as necessidades e anotar as solicitações, e realizar os estudos em planta baixa, o arquiteto cria um projeto básico ou pré-projeto. Para facilitar a visualização das ideias, ele pode se apresentar munido de planta baixa e cortes esquemáticos, especificando o uso e tamanho dos ambientes, além de perspectivas das fachadas. Este é o momento ideal para tirar dúvidas, e propor alterações de todo o tipo até se alcançar os objetivos desejados.

5. Alterações feitas, o “projeto básico” é finalizado e aprovado. Dependendo do que foi acertado com o arquiteto inicialmente, o serviço pode compreender de: Estudo Preliminar, Anteprojeto e/ou Projeto de Aprovação, projeto de Execução e Assistência à Execução da Obra que se caracterizam como blocos sucessivos de coleta de informações, desenvolvimento de estudos/serviços técnicos e emissão de produtos finais, objetivando, ao término de cada um deles;
E assim é realizada todo esse processo de um projeto arquitetônico, não perca nas próximas matérias irei abordar sobre o que deve conter nas plantas baixas e cortes; Gostou? Não deixa de comentar e compartilhe com seus amigos!